Não levantem cercas a minha volta
Jogos no Japão: Bruno Alexandre compartilha a experiência de trabalhar no maior evento esportivo do mundo
Rolou na edição anterior:
#4 | O vazio de uma vida ocupada demais
#3 | Até os Teletubbies já foram vacinados
Tempo de leitura: 5 minutos
“Não é uma tarefa fácil”… é assim que Bruno Alexandre, um parceiro de negócios e conterrâneo, abre um conteúdo que escreveu especialmente para nossa comunidade, para falar sobre quão maravilhosa é a experiência de trabalhar no maior evento esportivo do mundo:
“Ficar longe da família por um longos períodos, muitas horas de trabalho, viajar 40 horas para ir e depois mais 40 para voltar etc. O que me faz gostar disso é o ambiente com uma energia contagiante, positiva, o sentimento de fazer parte de algo grande e as pessoas que fazem parte disso. É muito trabalho mas quando termina você sente saudade e conta os dias para o próximo.”
E não é fácil mesmo, mas é por isso que a gente gosta, acredita e se identifica, conseguimos identificar nas palavras do Bruno (que não leva mais 2 min de leitura), a confiança e a sensação de pertencimento, que ansiamos por buscar, quando nos colocamos no mundo como Exploradores.
Pode chamar de Nômade Digital, Rebelde, Fora da Lei, o que seja, a ideia de encontrar em qualquer lugar do mundo, um local para se chamar de lar, mesmo que isso signifique viver uma cultura completamente diferente, é o que conecta a edição dessa semana (super saudosista), seguimos desafiando os esteriótipos prejudiciais que o conteúdo de viagens impõe, juntos e individualmente, sem romantização, e com uma boa dose de realidade.
Falando sobre Japão…
Bruno se surpreendeu (e eu também), em ver com seus próprios olhos, tanto verde, ele imaginava encontrar uma cidade tipo Guarulhos (😂 ), mas o que viu foi um mundo moderno e sustentável, MUITO VERDE (!!!), além de pessoas muito educadas e acolhedoras.
Puxando um gancho sobre toda excentricidade e mistério dessa cultura, daqui para frente, estamos recheados de gatilhos, para atiçar sua curiosidade e fazer você incluir o país do sol nascente na listinha de desejos para conhecer <3
Como a cultura se desloca para a individualidade no Japão
"Ikuo Nakamura não saiu de seu quarto durante 7 anos, ele é um hikikomori, palavra japonesa que defini um subgênero recluso que não saíram de casa ou interagiram com outras pessoas por no mínimo 6 meses (wtf?) alguns saíram de casa por não corresponderem às expectativas dos pais ou da sociedade. Outros se retiram depois de não conseguirem lidar com algum grande conflito". Rohit Barghava, Não Óbvio.
Hikikomoris, por seus meios, promovem uma revolução silenciosa de individualidade, em um país que como o Japão, valoriza a uniformidade e disciplina. Em uma medida mais saudável e menos radical, nós exploradores, somos em parte como Ikuo >> nos recusamos a sucumbir às pressões sociais da conformidade.
Seja do outro lado do mundo ou dentro da nossa própria realidade >> estamos buscando por maneiras de expressar a individualidade e pertencer (é por isso que o nome dessa edição se chama, não coloque cercas a minha volta). Os sinais estão por todos os lados, selecionamos alguns signos na cultura Japonesa, que refletem como esses valores se impregnam na cultura do país:
Hotel capsula: os japoneses têm uma cultura de bebidas, que não vou entrar em detalhes neste momento, mas para resumir: quando saem para beber, eles bebem de verdade! Talvez a ponto de perder o último trem ou de não conseguir (ou querer) voltar para casa.
Livraria japonesa vende apenas um título de livro por vez, isso mesmo que você leu, “na Morioka Shoten, nunca tem mais do que um título por vez em estoque. O livro da semana fica exposto numa mesa simples, no meio da livraria.”
Links que valem a pena ser abertos…
O turismo está acabando com a água em Bali, acredite, a prática inocente de cafés da manhã flutuantes, são uma das causas, é hora de refletir sobre que tipo de relação queremos construir com as comunidades que coexistimos enquanto nômades
Como a tabela das medalhas olímpicas explicam o mundo, acredite, a desigualdade no mundo também se manifesta quantidade de conquistas de cada país.
Na pele, atletas de elite nas Olimpíadas de Tóquio têm duas coisas em comum: talento notável em sua área de esporte e uma tatuagem dos anéis olímpicos universalmente conhecidos.
Com a saúde mental em foco nesta edição (a da semana passada foi dedicada a esse tema), o britânico Tom Daley, de 27 anos, que ganhou ouro em Tóquio no salto ornamental, surpreendeu o mundo nas arquibancadas, tricotando, confere essa história momento inspiração:
Quando a gente junta
Desafiamos nossos membros, a se tornarem nossos criadores, deixando de ser apenas leitores passivos, e se tornarem parte (e autores) da aventura. a forma como co-criamos, é uma obra de arte coletiva, é por isso que nossa planilha está sempre aberta, se você acha que pode colaborar, ou apenas quer indicar/conectar com pessoas que fazem parte da nossa comunidade, além de vários recursos bacanas que disponibilizamos aqui.
obrigada por ler até o final, e não esqueça de compartilhar :)
👧 curadoria e textos por Mari Rosa.
📩 essa é uma newsletter (co-criada) sobre Nomadismo Digital, acreditamos que esse processo invariavelmente passa por ter conversas sobre trabalho, comportamento, família e saúde (mental e física) - e como todas estas coisas conversam entre si, para o sucesso do processo. se você gostou do que encontrou aqui, toda quinta feira tem mais, para receber por e-mail, é só se inscrever: